Especialista da KBL mostra como a auditoria, compliance, controles internos e gestão de riscos formam a espinha dorsal da accountability.
Secretário extraordinário enfatizou que a correta interpretação das novas regras fiscais é fundamental para o êxito da estratégia negocial
A MP 1.309/2025 tem aplicação imediata e precisa ser confirmada pelo Congresso Nacional em 120 dias.
Senado aprova isenção de IR para quem ganha até dois salários mínimos.

“Super quarta” agita mercado financeiro com decisões sobre juros no Brasil e EUA

“Super quarta” agita mercado financeiro com decisões sobre juros no Brasil e EUA

Por: Autor
15/06/2022

Nesta quarta-feira (15), os bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos estabelecem, de forma separada, o grau de elevação de juros que devem vigorar nas próximas semanas em seus países.

Para investidores brasileiros, o dia é chamado de “super quarta”, já que as duas definições devem mexer com o mercado.

O foco dos investidores, que aguardam os resultados, será nas sinalizações que aparecerão nos comunicados das autarquias após os encontros.

A reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Federal Reserve, nos EUA, terminará à tarde, por volta das 15h, enquanto a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central será divulgada a partir das 18h.

Tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos, os juros devem subir 0,5 ponto percentual, uma aposta que foi reforçada com indicadores econômicos divulgados entre maio e junho.

Por isso, especialistas consultados pelo CNN Brasil Business afirmam que o foco estará nos próximos passos desses ciclos de alta. Em relação ao brasileiro, sobre seu possível fim, e no caso norte-americano, sobre sua velocidade.

No Brasil, o fim de um ciclo?

O Copom começou a subir a taxa básica de juros, a taxa Selic, em março de 2021, colocando a economia brasileira como uma das primeiras dentre as maiores a iniciar um ciclo de alta de juros para combater a inflação, em geral, com causas semelhantes pelo mundo.

Mais de um ano depois, e com um recorde de 10 altas seguidas, a Selic saltou de 2% para 12,75% ao ano, e o mercado acredita que o Banco Central não deve parar por aí.

A visão da maioria dos agentes financeiros é que o Copom optará por elevar a Selic em mais 0,5 ponto percentual, passando os juros para 13,25% ao ano. A grande questão é se a autarquia sinalizará que vai parar por aí ou deixará a porta aberta para outra alta em agosto.

Mesmo achando que essa não deveria ser a ação ideal, a sócia-fundadora da Nord Research, Marília Fontes, não descarta que o Banco Central já indique no comunicado ao fim da reunião que optou por encerrar o ciclo atual de alta.

Já o economista-chefe da Órama, Alexandre Espírito Santo, acredita que o Banco Central deve indicar o fim do ciclo após a alta de 0,5 p.p. ou deixar em aberto a possibilidade de uma outra elevação futura, de 0,25 p.p.

Ele vê a taxa de juros atual como “muito contracionista”, e defende que “talvez seja melhor ficar em uma taxa de 13,25% por mais tempo do que subir mais e precisar voltar mais cedo. Se fizer 13,25% e vai até o meio do ano que vem, caindo só no segundo semestre, faria mais sentido do que ir além”.

Os próximos passos do Fed

Nos Estados Unidos, o quadro é outro. O Federal Reserve iniciou o ciclo atual de elevação de juros apenas em março deste ano. Desde então, os juros subiram do intervalo de 0% a 0,25% para 0,75% e 1% ao ano, enquanto a inflação se mantém no maior nível em quatro décadas.

O Fed sinalizou explicitamente que pretende subir os juros em 0,5 p.p. tanto em junho quanto em julho. O foco, portanto, deve ser em possíveis atualizações nessas projeções, englobando agora a reunião de setembro.

O economista-chefe da Necton, André Perfeito, observa que o dado de inflação divulgado na sexta-feira (10), do Índice de Preços ao Consumidor (CPI) dos EUA, apontou que a inflação no país está muito persistente, e sem sinal de queda, diferente do caso brasileiro.

“O Fed está tendo que correr atrás para controlar a inflação, e deve tentar sinalizar isso pelo comunicado. O tom deve ser mais duro, porque não tem como ignorar mais o cenário. O BCE também não subiu juros, então eles vão precisar ser mais duros”.

Mesmo assim, ele não espera que o Fed reverta a posição de descartar altas de 0,75 p.p. “O perfil da diretoria atual não parece ser de ajustes mais fortes. Mas subindo de 0,5 p.p. em 0,5 p.p., é muita coisa, e tem também o corte no balanço, que tem um efeito forte”.

Fonte: Portal Contábeis; CNN

Compartilhe

Possui alguma dúvida?Entre em contato